Num tratamento de próteses dentárias, a toma de impressões é um processo essencial que assegura que os testes realizados no paciente são corretos e que se conseguirá um excelente resultado.
Uma impressão possibilita a obtenção de um registo dos tecidos e estruturas bucodentárias através da realização de um modelo num material deformável. É um processo que permite ver o resultado depois do endurecimento desse material. Se a impressão tiver sido exata, o modelo permitirá que o médico dentista faça uma reconstrução protética exata, assegurando a longevidade do tratamento.
Atualmente, há uma ampla gama de materiais de impressão, pelo que escolher entre um ou outro pode ser difícil. Por tal motivo, neste artigo analisaremos as qualidades dos materiais destinados à toma de impressões, concentrando-nos nos silicones, importantes elementos de impressão em próteses fixas.
Propriedades dos materiais de impressão
Ao entrar em contacto com a cavidade oral, estes elementos devem ter qualidades biológicas e físicas que cumpram uma série de requisitos clínicos, sempre sob a responsabilidade do médico dentista.
No entanto, nenhum material de impressão cumpre todas as condições, nem pode ser aplicado a qualquer pessoa, pelo que é fundamental fazer a escolha adequada tendo em conta o paciente em causa.
Um material de impressão deve reunir as seguintes propriedades:
- Ausência de componentes que possam ser irritantes ou tóxicos quando entram em contacto com a cavidade oral.
- Facilmente manuseável.
- Consistência e textura adequadas.
- Humidificação apropriada do tecido oral.
- Resistência, para não se quebrar ou rasgar quando é retirado da boca do paciente.
- Elasticidade, para impedir a deformação após a sua distorção plástica.
- Uma estabilidade que permita que o material suporte a temperatura e humidade normais num procedimento clínico e durante o tempo suficiente para obter o modelo desejado.
- Compatibilidade com materiais de modelagem e moldes.
- Exatidão, para assegurar o registo dos detalhes finos dos tecidos orais.
- Tempos de trabalho e de presa adequados.
- Suscetível de ser desinfetado sem perder a exatidão.
- Odor e sabor agradáveis para o paciente, assim como uma cor estética.
- Ausência de liberação de gases durante o processo de presa ou modelagem.
- Vida útil longa para resistir ao armazenamento e à distribuição pertinentes.
Materiais toma de impressões: os silicones
Embora tradicionalmente os elementos de toma de impressão tenham sido classificados como rígidos ou elásticos, em função das suas propriedades após o processo de endurecimento, neste artigo iremos concentrar-nos nos silicones.
Este material é elástico, visto que, após a massa plástica inicial solidificar na cavidade oral do paciente, pode deformar-se com relativa facilidade para ser retirada e não produz qualquer tipo de deformação permanente ou qualquer tipo de perigo.
Em odontologia, os silicones ou polissiloxanos surgiram por volta do ano 1955 e constituíram uma grande descoberta. Desde então, permitiram numerosos avanços e melhorias nos tratamentos orais graças à sua precisão, flexibilidade e segurança.
Existem principalmente dois tipos de silicones, diferenciados segundo as reações químicas que podem causar: os de condensação e os de adição. Neste caso, vamos concentrar-nos nestes últimos, já que são mais precisos e considerados como um dos materiais de eleição em próteses fixas.
Alginato para a toma de impressões
O alginato é uma substância química purificada, obtida principalmente a partir de algas castanhas.
Na odontologia é um material muito utilizado para fazer impressões. Utiliza-se para reproduzir em negativo os tecidos duros e moles da cavidade oral para seu posterior esvaziamento em gesso para que seja possível fazer modelos de trabalho.
O alginato para impressões encontra-se em forma de pó, sendo posteriormente misturado com água para obter a massa com a qual se pretende fazer a impressão. Siga as instruções do fabricante para obter a densidade adequada.
A toma da impressão consegue-se colocando o alginato numa moldeira e depois na boca do paciente.
Silicones de condensação
O silicone de condensação é um material para fazer impressões que se polimerizam através de uma reação de condensação na qual se perde o álcool etílico. Tem, portanto, uma pior estabilidade dimensional do que o silicone de adição.
Para se obter uma impressão ideal com o silicone de condensação, devemos evitar a presença de humidade, uma vez que o silicone é hidrofóbico.
O processo de mistura é mais complicado do que o dos silicones de adição, uma vez que se apresenta em duas pastas: base e catalisador. Devem ser misturados manualmente com uma espátula e devemos ter cuidado para que não se formem bolhas ou irregularidades.
Silicones de adição
Este material, também conhecido pela designação polissiloxano de vinil, é fabricado com diferentes consistências: baixa, média, alta e muito alta ou massa.
Segundo a sua viscosidade, estes elementos de impressão podem ser apresentados em formato de caixas, tubos ou cartuchos. No caso dos silicones de adição de consistência fluida, são quase sempre apresentados em formato de cartucho e misturados com um dispensador em forma de pistola.
Por outro lado, os de massa aparecem frequentemente no mercado sob a forma de pasta em duas caixas com duas colheres doseadores. Isto ajuda a misturar as duas pastas em partes iguais e a garantir a sua homogeneidade, evitando a formação de tensões endógenas causadas por um processo de presa muito avançado, quando se coloca a impressão na cavidade oral do paciente durante a toma de impressão.
No que se refere ao armazenamento e vida útil deste material, as pastas de impressão de silicone podem ser armazenadas no frio sem afetar a sua viscosidade. As baixas temperaturas atrasam a reação de presa, por isso é recomendado tirar o material do frigorífico cerca de 10 ou 15 minutos antes de realizar a toma de impressão.
Quanto às moldeiras, é aconselhável utilizar umas que sejam rígidas no caso de consistência de massa, para evitar a deformação ao aplicar a mistura na cavidade oral do paciente.
Qualidades dos silicones de adição
- Contração, fluidez e deformação mínimas no processo de presa.
- Variação dimensional ótima em comparação com outros tipos de materiais.
- Deformação permanente inferior a 0,2% no momento de extração da cavidade oral.
- A estabilidade da impressão obtida é garantida no mínimo durante 7 dias.
- Fácil desinfecção em soluções aquosas de glutaraldeído a 2% ou hipoclorito de sódio a 0,5% entre 30 minutos e 1 hora.
- A sua vida útil média é de aproximadamente 3 anos.
Em resumo, o presente artigo mostra como este material de toma de impressão proporciona uma grande segurança e qualidade em tratamentos protéticos orais. Na Dentaleader, pode encontrar numerosos silicones de adição que cumprem todos os requisitos necessários para obter um ótimo resultado. Entre em contacto connosco para mais detalhes!
